sábado, abril 26, 2008

Abram-se as Cortinas

E abram-se as cortinas. Chegou uma nova vida. Alguém vai viver alegrias e tristezas, coisas simples e desafios, dores e confortos. A vida é como uma peça de teatro que não exige ensaios. Ela simplesmente acontece, estejam os atores preparados ou não. Também não tem roteiro; todas as falas são improvisadas. São conversas que tem começo, meio e fim. Fim? E as conversas inacabadas que deixamos pôr ai? Quantas vezes esperamos o final de uma cena para começar outra? A vida é assim: uma cena só pode começar quando terminar a outra. E se ela não terminou, com certeza voltará ao palco. A vida tem comédia, tem drama, tem suspense, tem romance. Tem vilão, tem mocinha. E claro o herói. Mas esse herói que somos também pode ser o vilão. Ou podemos ser também simplesmente figurantes em outras histórias. Vivemos nossa vida vivendo a vida dos outros. Vivemos nossas histórias vivendo as histórias dos outros. Somos protagonistas, antagonistas e figurantes. Simplesmente somos. Até nos sentimentos temos coincidências. Ao chorar no palco, buscamos lembranças tristes. Ao chorar na vida, buscamos acolhimento nas lembranças. Ao rirmos no teatro, aproveitamos a ocasião. Ao rirmos vivendo fazemos a ocasião. Toda peça tem um fim. E nesse fim, fecham-se as cortinas daquela história. Mas com certeza outra história já irá começar.
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